Leishmaniose é uma doença provocada por um parasita (do género Leishmania) transmitido por mosquitos (vulgo "melgas").
Esta doença não tem cura, ou seja, o cão que a contenha torna-se portador para o resto da vida, embora a doença possa ser muitas vezes controlada com tratamentos e o cão possa ter uma longa e boa vida, podendo nem sequer vir a perecer, ou mesmo a demonstrar sintomatologia, desta doença.
Não existe (ainda) nenhuma vacina para prevenir a doença em Portugal, o único método de prevenção é um repelente para o mosquito através de uma pipeta (que também é eficaz contra pulgas e carraças) chamada Advantix, que deve ser colocada mensalmente, e por uma coleira, Scalibor, que também é eficaz contra carraças.
Esta doença não se transmite do cão para o dono (ou qualquer outra pessoa), uma vez que a doença tem que ser transmitida pelo mosquito para existir. Os Humanos dificilmente contraem esta doença, pois nosso sistema imunitário consegue combate-la. Para contrairmos a doença é necessário 1º que sejamos picados com um mosquito que nos inocule o parasita (a doença SÓ é transmissivel pela picada do mosquito) e 2º que o nosso sistema imunitário esteja deprimido ou suprimido para que a doença consiga avançar (doentes, transplantes, SIDA, idosos...).
Existem dois tipos de leishmaniose, a cutânea e a visceral. Na leishmaniose cutânea os nossos bichinhos têm um aspecto terrível por fora (os pêlos caem e com muitas crostas, as mucosas ficam muito sensíveis e sagram - daí o sangue a escorrer pela narina), mas geralmente tudo bem por dentro. Leishmaniose visceral é a mais preocupante, pois os nossos bichinhos têm muito bom aspecto por fora mas nem por isso por dentro, pois o parasita ataca os rins (principalmente), o fígado e até a medula óssea. Geralmente estes bichinhos acabam por se tornar Insuficientes Renais Crónicos e muitas vezes é mesmo disso que acabam por falecer.
A Leishmaniose felina também existe, mas é muito muito muito rara. Uma das doutoras da clínica onde estou a estagiar fez o seu mestrado acerca da leishmaniose e fez uma grande pesquisa acerca da leishmaniose felina e não conseguiu encontrar nenhum caso (se eu estiver errada pode me

Acabando por aqui nossa pequena aula de Leishmaniose (e espero ter esclarecido todas as dúvidas), tenho boas notícias...
Conheçam o Joca! :D Sim sim, é mesmo ele! O cão com leishmaniose que acabou com pelo menos 3 rolos de papel de cozinha da clínica ao tentar estancar a hemorragia do nariz.
Para os mais curiosos, sim, ele está vivo e bem melhor. Continua a fazer algumas hemorragias nasais, mas agora ligeiras. Voltou a fazer o tratamento da Leishmaniose (agora vocês já sabem o que é!).
E outra razão porque estou muito contente hoje é a minha primeira prendinha de natal que

2 comentários:
Olá menina...muito se aprende a trabalhar nesta clínica!Só queria fazer uma rectificação sobre a transmissão de Leishmaniose. No caso do homem temos tb a transmissão directa por seringas contaminadas (que é a via de transmissão mais usual em medicina humana).No caso dos animais existem outras formas de transmissão menos frequentes, como a via transplacentária e transfussão sanguínea).Beijinhos e boa sorte para o site...está muito giro. Dra.T.
Muito obrigado pela rectificação, gosto muito que o que eu digo esteja sempre o mais correcto e completo possível, por isso corrija-me sempre.
Fico muito satisfeita por ter a Dra a acompanhar não só os meus progressos na clínica mas também os fora dela (aqui no blog) :D
E qm melhor para me corrigir sobre a leishmaniose do que a Mestre? :D
Beijinhos e volta sempre
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